Realizada
na noite da última sexta-feira, a nona rodada da fase de grupos da Copa
Noroeste de Futsal 2016 foi surpreendente. Na Chave A, em Tenente Portela, Bom Progresso
surpreendeu o favorito Três Passos e triunfou por 5 a 3, enquanto o já
eliminado Miraguaí deu um sufoco nos anfitriões, porém foi derrotado por 5 a 2.
Redentora folgou, e também não tem chances de classificação. Simultaneamente,
Nova Candelária recebeu os jogos da Chave B, que tem os seguintes resultados:
São Martinho 4 x 4 Boa Vista do Buricá e Nova Candelária 6 x 5 Independência, a
equipe folgante foi São José do Inhacorá.
A
última rodada da fase de grupos ocorrerá na próxima sexta-feira, 28 de outubro,
em Bom Progresso (Chave A) e São Martinho (Chave B), com previsão para iniciar
às 20h. Os jogos: Redentora x Miraguaí e Bom Progresso x Tenente Portela, pela
A; São José do Inhacorá x Independência e São Martinho x Nova Candelária, pela
B. Três Passos e Boa Vista do Buricá folgarão.
Bom Progresso 5 x 3
Associação Trêspassense de Lazer, Esporte e Cultura (ATLEC)
Oscilação.
Esta palavra pode resumir a participação da ATLEC na primeira fase da Copa
Noroeste de Futsal 2016, e foi assim – oscilando – que a equipe atuou na noite da última sexta, em Tenente Portela. Tanto ela, quanto Bom
Progresso iniciaram o jogo em ritmo lento, se estudando e com pouco volume
ofensivo, tanto que o primeiro chute foi desferido quando já haviam passado 4
minutos do primeiro apito. Guavirova escapou pela direita e chutou forte para
vencer Parede. Três Passos tentou responder de imediato, duas vezes com Marcos
Adriano, mas novamente a efetividade bom-progressense predominou: novo
contra-ataque e Nenê ampliou. Em 12 minutos foram oito chutes a gol, somente
três de quem acabara de abrir dois gols de vantagem.
ATLEC reage, mas vira
perdendo
Após o
segundo tento sofrido e um tempo técnico, a ATLEC se organizou em quadra e
passou a pressionar. Encurralando o adversário, desperdiçou várias
chances até Paraíba desarmar Nenê e deixar Marcos Adriano em condições de
diminuir, foi um castigo contra o feiticeiro: gol de contra-ataque. Faltavam 7
minutos pra terminar o 1º tempo, então Jones deixou três jogadores caídos e na
hora marcar um golaço viu Anderson operar grande defesa. Os comandados de Moiso
seguiram insistentes no ataque e conquistaram o empate aos 18 minutos: Marcos
Adriano virou o jogo da esquerda para direita e achou Paraíba livre para
chutar de primeira e igualar o placar. No minuto seguinte Markinhos errou
sozinho com o goleiro, e a bola puniu. Numa rara aparição ofensiva, Sagui
tabelou com Maldini e recolocou Bom Progresso em vantagem. Foi o balde de água fria
na reação, afinal faltavam apenas 21 segundos para o fim de um primeiro tempo
com 24 chances de gol, sendo 16 trêspassenses.
Quem não faz...
A
estratégia foi defender e sair no contra-ataque, mas o grande trunfo de Bom
Progresso contra a ATLEC foi outro: o controle emocional. Enquanto o adversário
sofreu para se reorganizar a cada gol sofrido, Bom Progresso fez o contrário e
reagiu imediatamente. Com 3 minutos da etapa complementar, Jones tirou o coelho
da cartola e, de escanteio, marcou um golaço olímpico, porém 43 segundo depois
Sagui escapou pela esquerda e recolocou Bom Progresso na frente. Era a sina da
noite, uma frustração a cada busca por empate.
As ações
ofensivas da ATLEC seguiam em loco, no entanto a cada oportunidade perdida a
ansiedade tomava conta. Com o passar dos minutos a estrutura tática foi
desaparecendo, restavam as jogadas individuais de Jones e Marcos Adriano, ou
então os arremates de Markinhos. Nada dava certo, a entrega de Diego e Cristian
também não surtiu efeito. O pivô de Paraíba não vencia a marcação, nem Parede
de goleiro linha foi capaz de rachar o ferrolho bom-progressense. A falta de
pontaria foi incomum, assim como a noite inspirada do arqueiro Anderson. Quando
o adversário foi vencido, o travessão evitou outro golaço de Jones.
Entre tantas chances perdidas, a
bola puniu. Faltava 1 minuto e 25 segundos quando Paraíba chutou forte na
trave, e ainda Markinhos desperdiçou o rebote chutando pra fora. Na saída de
jogo, Maldini deixou sua marca e deu números finais ao jogo. Foram 9 segundos da
chance clara de empate a punhalada final. A competência venceu o volume de
jogo, que digam as estatísticas só na etapa complementar foram 27 chances de
gols da ATLEC contra apenas 5 de Bom Progresso.
Por mais clichê que possa
parecer, a tradicional frase voltou a predominar: “QUEM NÃO FAZ, LEVA!”.
FICHA TÉCNICA
Data: 21 de
outubro
Local: Ginásio da
Escola Cléia Salete Dalberto, em Tenente Portela
BOM PROGRESSO:
Anderson; Guavirova, Nenê, Maldini e Babi. Entraram:
Sagui. Técnico: Seco.
ATLEC: Parede;
Marcos Adriano, Jones, Cristian e Guilherme Paraíba. Entraram: Markinhos e Diego. Técnico:
Leandro Moiso.
Gols: Sagui [2],
Guavirova, Nenê e Maldini (Bom Progresso); Marcos Adriano, Guilherme Paraíba e
Jones (ATLEC)
Cartão amarelo:
Igor (Bom Progresso).
ARBITRAGEM
Árbitros: Fabio
Soares e Juliano Nogueira
Anotador:
Anderson Bacega
Cronometrista:
Rudinei Bueno
FOTOS: LEANDRO CAMILLIO / Esportes em Foco (mais fotos)
Texto: Ed Andreick
Moreira Wisniewski / TF/Ass. ATLEC
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