The Best!

Novo cerimonial da Fifa premia Cristian Ronaldo como melhor jogador do mundo em 2016

                Nesta segunda-feira, 9 de janeiro, em Zurique, na Suíça, a Fifa anunciou  Cristiano Ronaldo como o melhor jogador do mundo em 2016, ele que também ganhara a Bola de Ouro da revista “France Football” – uma vez que a publicação francesa e a entidade máxima do futebol encerram parceria que acontecia desde 2010, onde os prêmios eram unificados. Não teve surpresas, o português conquistou a honraria depois de conquistar os dois principais títulos europeus: Liga dos Campeões e Eurocopa, além do Mundial de Clube. Foi à quarta vez que ele conquistara o prêmio (também havia vencido em 2008, 2013 e 2014), o segundo maior vencedor da história – atrás apenas de Lionel Messi, que possui cinco conquistas. O cerimonial foi nomeado de “The Best”.

                - Tinha muitas coisas para dizer, mas agora bloqueei um bocadinho. Estou muito feliz, quero agradecer em primeiro lugar aos meus companheiros, de seleção e Real Madrid também. À minha família, Ricardo, Gil, meu filho, minha mãe, irmãos, todo meu staff que está sempre presente nos bons e maus momentos. E dizer que o ano de 2016 foi o melhor ano da minha carreira. Havia muitas dúvidas, mas um troféu que mostrou que as pessoas não são cegas. As pessoas veem os jogos, as competições. Depois do que eu ganhei com a seleção e com o meu clube eu não tinha dúvidas que deveria ter ganho este troféu. Foi um ano magnífico a nível pessoal, a nível coletivo, jamais posso esquecer desse ano maravilhoso. Todos aqueles que votaram em mim muito obrigado, treinadores, capitães, jornalistas também, não tenho mais nada a dizer. Os prêmios falam por si – disse o astro, após receber o prêmio das mãos de Infantino (presidente da Fifa).

                Cristiano Ronaldo conquistou o prêmio ao derrotar seu rival Lionel Messi, do Barcelona, e Antoine Griezmann, do Atlético de Madrid. O português foi congratulado melhor do mundo com 34,54% dos votos, contra 26,42% do argentino e 7,53% do atacante francês.

                Na edição 2016, a Fifa inaugurou uma nova fórmula de eleição para o prêmio: a entidade abriu espaço para o público nas votações para melhor jogador e melhor técnico no futebol masculino e feminino, representando 50% dos votos aos lado de 200 jornalistas, sendo que técnicos e jogadores representam a outra metade.

                O troféu de melhor jogadora do mundo permaneceu com a americana Carli Lloyd, que derrotou a brasileira Marta e a alemã Melanie Behringer. Além de premiar o melhor jogador e jogadora do ano, outros prêmios foram concedidos pela entidade máxima do futebol, entre eles novidades coma reverência ao brasileiro Falcão – homenageado por tudo que fez pelo futsal, recebeu o troféu Carreira. O técnico de 2016 foi o italiano Claudio Ranieri, do Leicester City, que superou o português Fernando Santos e o francês Zinedine Zidane. O troféu de técnico do futebol feminino foi para Silvia Neid, da Seleção Feminina da Alemanha. O Troféu Fair Play da Fifa, num dos momentos de maior comoção do evento, foi para o Club Atlético Nacional em referência a solidariedade prestada para com as vitimas da tragédia envolvendo a delegação da Chapecoense.

Seleção do Mundo da Fifa/FifPro

                A seleção mundial é votada secretamente pelos próprios jogadores, através do FIFPro, o sindicato oficial dos jogadores. Foram registrados 26,5 mil votos nesta eleição. A equipe ideal do ano contou com a presença de dois brasileiros: os laterais Daniel Alves e Marcelo – que também representaram o Brasil no selecionado do ano passado, porém, na ocasião, juntamente com Neymar.

                O time ideal foi liderado por Real Madrid e Barcelona, sendo que os espanhóis contabilizaram nove jogadores. As exceções foram Neuer e Daniel Alves, de Bayern e Juventus, respectivamente. Dos nove, cinco foram do time madrileno.  Ainda, destes, três são espanhóis, dois alemães, dois brasileiros, um croata, um argentino, um uruguaio e um português. O fato curioso foi à ausência dos jogadores do Barcelona, que não foram liberados pelo clube para participar do evento. Os escolhidos:

Goleiro: Manuel Neuer (Bayern/Alemanha);

Defensores: Daniel Alves (Juventus/Brasil), Gerard Piqué (Barcelona/Espanha), Sergio Ramos (Real Madrid/Espanha) e Marcelo (Real Madrid/Brasil);

Meio-campistas: Toni  Kroos (Real Madrid/Alemanha), Luka Modric (Real Madrid/Croácia) e Andres Iniesta (Barcelona/Espanha);

Atacantes: Cristiano Ronaldo (Real Madrid/Portugal), Lionel Messi (Barcelona/Argentina) e Luis Suárez (Barcelona/Uruguai).

Prêmio Puskas (gol mais bonito)

                Outro troféu super aguardado foi o de gol mais belo do ano, Prêmio Puskás. O mesmo foi eleito em votação aberta pela internet, sendo Mohd Faiz Subri, do Penang FA, o jogador homenageado. O golaço do malaio desbancou as pinturas do brasileiro Marlone (do Corinthians) e da venezuelana Daniuska Rodríguez. O vencedor recebeu a troféu das mãos de  Ronaldo Fenômeno.

                Esta foi a oitava vez que a Fifa premiou o gol mais belo do ano, nas outras edições o troféu foi entregue ao Cristiano  Ronaldo (2009), Hamit Altintop (2010), Neymar (2011), Miroslav Stoch (2012), Zlatan Ibrahimovic (2013), James Rodríguez (2014) e Wendel Lira (2015). Desde que a premiação foi criada, sempre o Brasil teve um representando e faturou duas vezes: 2011 e 2015.