“Falha humana”. Essa
é a principal causa para o acidente aéreo do helicóptero que vitimou Fernandão
e mais quatro pessoas em Aruanã, cidade no interior de Goiás, em 7 de junho de
2014 (Relembre). É o que revela relatório final sobre o acidente elaborado pelo Centro de
Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão subordinado
ao Comando da Aeronáutica.
Reportagem da RBS TV
teve acesso ao relatório do Cenipa. De acordo com o documento, decisões erradas
do piloto Milton Ananias, à época com 50 anos, contribuíram para o
acidente. O helicóptero que transportava o grupo caiu logo depois de decolar em
uma ilha do Rio de Araguaia, por volta de 1h. Além de Fernandão, morreram o
piloto e mais três pessoas: Edmilson de Souza Leme, Antônio de Pádua e Lindomar
Mendes Vieira.
O documento aponta
que helicóptero e piloto não tinham as habilitações exigidas para a realização
de voo à noite, em local sem iluminação. Ainda segundo o relatório, Milton pode
ter sofrido uma ilusão visual causada pela falta de luz, que prejudicou a
visualização do chão e da posição da aeronave. Exames mostraram que não houve
consumo de bebidas alcoólicas por parte do piloto.
A perícia também
constatou que a jornada de trabalho foi prorrogada além do que determinam as
regras da aviação. Não foram encontradas falhas mecânicas na aeronave, sendo
que as condições do tempo também eram consideradas boas para o voo.
A investigação da
polícia de Goiás foi concluída há três meses sem apontar culpados pelo
acidente. Segundo a assessoria de comunicação da polícia, o Ministério Público
poderá decidir pela continuidade da investigação a partir dos laudos da perícia.
No ano passado, no
dia 7 de junho, data do aniversário de um ano da morte de Fernandão, o Inter
realizou uma missa que teve a presença de 8 mil colorados. Durante o confronto
com o Coritiba – vitória por 2 a 0 –, a torcida ainda formou um mosaico com os
dizeres "F9 Eterno Capitão", entoou cânticos ao ex-jogador e o
aplaudiu no nono minuto do duelo.
Um dos maiores ídolos
da história do Inter e com passagem marcante também pelo Goiás, Fernandão
morreu aos 36 anos. Ele voltava de Aruanã, cidade no interior de Goiás, para
sua casa na capital goiana quando o helicóptero onde estava caiu. O local do
acidente fica a 15km do centro de Aruanã. Em homenagem ao jogador, o Inter
inaugurou uma estátua no pátio do Beira-Rio (veja) e propôs que uma rua próxima ao
estádio fosse batizada com o nome dele: Fernando Lúcio da Costa.
Texto: Rodrigo Saccone / GloboEsporte.com
Foto: Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás - Divulgação
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