sexta-feira, 6 de junho de 2014

Copa/Grupo A: Brasil, Croácia, Camarões e México

               Dia 12 começa a Copa do Mundo, desta forma a cada dia faremos uma breve análise de um grupo da competição. Desta forma, começaremos com o Grupo A. Apesar de não parecer, aponta ser um chaveamento muito parelho e é contra-indicado esperar goleadas e resultados elásticos. O Brasil é franco favorito, depois vemos três equipes com boas possibilidades de avançar. Em tese, pois em futebol tudo é tese, a disputa pela segunda posição será disputadíssima.

Brasil: Bom time, e a torcida aliada ao trabalho da família Scolari
Joga em casa, é o melhor time do chaveamento e um dos grandes favoritos ao título. Dificilmente encontrará facilidade em alguma partida, mas é provável que alcance os nove pontos e passe em primeiro. É comandado pelo último técnico brasileiro a ser campeão mundial, em 2002. Luis Felipe Scolari é especialista em disputas deste formato, tem o grupo na mão e sua equipe é entrosada: exatamente a mesma que conquistou a Copa das Confederações goleando a Espanha por 3 a 0, no ano passado.
                Seu grande craque é o menino Neymar, do Barcelona. Além do camisa 10, conta com o melhor sistema defensivo da competição. Um goleiro experiente e confiável, a melhor dupla de zagueiros da atualidade (onde apenas Sérgio Ramos está no mesmo nível que eles) e dois laterais do primeiro escalão. Dupla de volantes cascuda, que libera o apoio dos ofensivos laterais e no meio um bom distribuidor de jogo. Completando joga com dois ponteiros, Neymar e o esforçado Hulk – dono de chute forte e bom rendimento tático. Por fim, um centroavante típico 9, que sofre de carências técnicas, mas tem faro de gol. Um banco relativamente bom, onde cada peça encaixa-se bem no formato arquitetado por Felipão.
                Time: Julio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Paulinho, Luiz Gustavo e Oscar; Hulk, Neymar e Fred. Técnico: Luis Felipe Scolari.

Camarões: A força africana e um veterano bom de bola
                Disputará a sua sétima Copa, não é um time extraordinário e seu grande jogador não está na melhor fase de sua carreira. Mesmo assim é uma equipe que inspira cuidados, é traiçoeira. O alemão Volker Finke recém chegou, trabalhou em quatro jogos e está invicto: ganhou três e empatou um. Deu certa dinâmica aos esforçados africanos, de ótima estrutura física e que jogam em bolas de profundidade.
                O goleiro Itandje é um dos destaques, frente a uma zaga de boa experiência no futebol europeu. Os laterais são um dos mais técnicos do time, gostam de apoiar e são responsáveis por boa parte dos lançamentos ao qualificado ataque. O meio-campo é fraco, se resume na força e disposição do limitado Song. O ataque tem dois ponteiros e um centroavante. Moukandjo é rápido e possui certa qualidade, Samuel Eto’o dispensa apresentações e Webó é o grande nome do país na atualidade depois do capitão do time (anteriormente, recentemente, ali do lado, citado).
                Time: Itandje; Nyom, N’Koulou, Chedjou e Ekotto; Enoh, Song e Makoun; Samuel Eto’o, Moukandjo e Webó. Técnico: Volker Finke.

Croácia: A melhor e mais promissora geração de sua história
                Um país apaixonado por futebol, mas de pouca tradição no mesmo. Disputará sua quarta Copa, não esteve na África do Sul em 2010 e caiu na primeira fase em 2006 – apesar de jogar bem e dar sufoco ao Brasil, do festejado quarteto mágico. Vem numa crescente positiva, de boas atuações na última Eurocopa e nas Eliminatórias. Se aventurou nos últimos anos no Top 10 do ranking da Fifa, mas caiu ao entrar 2014 e está em 18º. É o favorito para ficar com a segunda vaga.
                Uma seleção técnica, liderada pelo craque Luka Modric – um dos principais jogadores do Real Madrid, atual campeão da Europa. O meia é técnico, executa todas as funções do setor e sabe segurar, controlar e acelerar o jogo. É o cérebro de um time com laterais regulares, defesa alta e meio de bom toque de bola. Quanto mais tiver a Brazuca melhor para os croatas, que dos pés de Modric lançam os meias agudos. Estes têm a função de servir o matador Mandzukic, titular do poderoso Bayern de Munique. Ivan Rakitic e Olic são outros destaques do selecionado comandado pelo narcisista Niko Kovac.
                Time: Pletikosa; Srna, Corluka, Lovren e Pranjic; Rakitic, Modric, Perisic, Kovacic e Olic; Mandzukit. Técnico: Niko Kovac.

México: A tradicional pedra no sapato brasileiro
                A Seleção Mexicana vem se consolidando como pedra no sapato brasileiro, sempre apresenta trabalho e dificulta a vida do selecionado canarinho. Seu último crime contra nós ocorreu a dois anos, na final das Olimpíadas de Londres:  2 a 1. Um time que mescla juventude e experiência. O país da América Central chega forte, mas, no entanto, já teve versões melhores e mais regulares.
                Zagueiro de sucesso no passado, o hoje técnico Miguel Herrera prevalece primeiramente o sistema defensivo. Joga com um goleiro experiente, três zagueiros de confiança e dois alas de boa marcação, mas que também apóiam. Ainda coloca dois volantes protetores, desta forma os alas podem se soltar quando estiverem à vontade. Ao meia ofensivo a função de defender não lhe é ordenada, pois seu fôlego deve ser poupado para arrancadas fulminantes e flutuação total entre meio-ataque tanto pelo centro quanto pelos lados. Giovani dos Santos é o responsável desta função. Os atacantes sabem atuar como centroavante e segundo atacante, se movimentam e também são qualificados dentro da área. Chicharito Hernández é o craque do time e conta com a companhia do eficiente jovem Peralta, aquele que marcou os dois tentos oriundos da medalha de prata brasileira nos últimos Jogos Olímpicos.
                Time: Corona; Reyes, Rafael Marquez e Rodríguez; Aguilar, Medina, Herrera, Dos Santos e Guardado; Chicharito e Peralta. Técnico: Miguel Herrera.

Time Ideal do Grupo A:
Time reserva: Pletikosa; Srna, Corluka, Rafael Marques e Guardado; Song, Paulinho, Oscar e Olic;
Chicharito e Webó (Fred/Peralta).
Técnico: Luis Felipe Scolari

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