Se no
jogo de ida Joe Hart ofuscou o ataque do Real Madrid e levou ao Santiago
Bernabeu uma nova perspectiva, na pratica o duelo entre o goleiro inglês e o
atacante português não ocorreu efetivamente. O astro merengue não esteve em sua
melhor noite na última quarta-feira, enquanto camisa 1 do Manchester City
também não fez partida antologia. Ainda, Agüero seguiu abaixo, Yaya Touré não
justificou seu retorno e o grande diferencial acabou sendo o plantel, ou seja,
assim como em 2013/14, a Liga dos Campeões da Europa envolverá os dos maiores
clube das capital espanhola – Atlético e Real se enfrentarão em 28 de maio, no
San Siro, em Milão, na Itália.
Novamente
o Real Madrid dominou, ocupou os espaços em marcação alta e, sem fazer uma
pressão infernal, conseguiu uma vitória por 1 a 0, o suficiente para acabar com
o sonho da ala azul de Manchester em chegar à uma decisão continental. Sem
contar com seu centroavante Benzema e o brasileiro Casemiro, que vinha sendo a
espinha dorsal do tripé de meias, o técnico Zinedine Zidane apostou na
manutenção de seu trabalho. Sem alterar a forma de jogar, o francês escalou
Ronaldo centralizado, Jesé como ponta invertendo constantemente de lado com
Bale e colocou Isco compondo a trinca com Kroos e Modric, mantendo James
Rodriguez no Banco.
Foi
ousado, foi contra todas as expectativas. O sistema ofensivo seguiu jogando na
sua máxima taticamente, com intensidade e movimentação, facilitando o serviço
dos meias armadores postados à frente da linha defensiva. Com três homens de
recomposição e boa saída de jogo, Yaya Touré – descontado por lesão – não conseguiu
produzir e De Bruyne e Agüero raramente receberam uma bola de frente para os
zagueiros. O Real Madrid simplesmente travou o Manchester, encurralou e seu gol
foi questão de tempo, numa tentativa de Bale, que mandou bola pra cruzada,
desviando em Fernando e morrendo nas redes.
Uma classificação com gol contra,
mas que não tira os méritos duma equipe que mudou seu jeito de jogar nesse
semestre. A tática virou sua principal arma, o novo técnico conseguiu impor seu
jeito de trabalhar, que nada mais é a forma que mais gostou de atuar na época
que foi jogador, quando formou um trinca de meias com Conte e Davids (na
Juventus, em 1997-99) ou com Makelelé e Figo ou Beckham e Guti (ambas duplas no
Real) ou, até mesmo, Makelelé e Vieira (Copa do Mundo de 2006). Em todas as
ocasiões citadas, Zidane arrebentou. Assim ele faz o meio do Real jogar,
inspirado nas melhores temporadas dele mesmo. Com Casemiro ou Isco, não
importa. O Real joga com três meias que não são só volantes ou só meias-ofensivos.
Os merengues chegam a mais uma decisão de Champions League com méritos e
propriedade, mas claro, graças à convicção de Zinedine Zidane.
Por Ed Andreick Moreira Wisniewski
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