A jovem Patrícia
Moreira, de 23 anos, suspeita de protagonizar ofensas racistas contra o goleiro
do Santos, Aranha, durante o duelo contra o Grêmio nessa quinta-feira, válido
pela Copa do Brasil, foi afastada do trabalho em uma empresa terceirizada que
presta serviços odontológicos. A medida
teria ocorrido por conta da repercussão do caso nas redes sociais. Uma das
clínicas onde ela atuava solicitou sua substituição por outro funcionário.
De acordo com um
dos responsáveis pelo centro odontológico de uma das clínicas onde a mulher
atuava, sargento Mauro Bernardi, foi tentado contato com a jovem durante a
manhã. “Ligamos para ela, mas quem atendeu foi o irmão. Nesta ligação
comunicamos que ela não precisava mais se apresentar para o serviço; Depois,
solicitamos a substituição desta funcionária”, relatou.
Após o término da
partida, o goleiro Aranha concedeu entrevista e relatou o que ouviu de um grupo
de torcedores que estava no setor conhecido como Geral na Arena. “A torcida
pegar no pé é normal. Mas começaram com palavras racistas: ‘Preto Fedido’, ‘Seu
Preto’, ‘Bando de Preto’. Até aí ainda estava me segurando. Aí quando começou
aquele corinho de ‘macaco...”, relatou. “Fizeram rápido e pouco, para não dar
tempo de filmar. Eu pedi para o câmera filmar. Quando ele foi filmar, já tinha
acontecido o negócio. Eu fico nervoso. Desculpa a palavra, eu fico p***”,
contou.
O caso ganhou repercussão
rapidamente e nas redes sociais foram postados vídeos da torcedora gritando
expressões racistas contra Aranha. Em alguns comentários, algumas pessoas
repudiam o ato da jovem, que também foi vítima de agressões verbais.
Fonte: Luiz Felipe Mello/Correio
do Povo
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