domingo, 8 de junho de 2014

Copa/Grupo D: Itália, Uruguai, Inglaterra e Costa Rica

                A história transforma o Grupo D no da “morte”. São três campeões mundiais – Itália (tetra), Uruguai (bi) e Inglaterra (campeão), destes ao menos um irá cair na primeira fase. A Costa Rica deverá ser o saco de pancada, mas caso consiga o milagre de ir as oitavas-de-final já se consagrará com a sensação do torneio – provavelmente. Exceto Costa Rica, os selecionados presentes do grupo estão no segundo escalão de favoritos ao título.

Costa Rica: Em busca de um milagre
                Como falei, se avançar será uma conquista em tanto. Jorge Luis Pinto é o técnico de uma seleção carente de qualidade técnica e jogadores mundialmente conhecidos, disputará a quarta copa e provavelmente não superará sua maior participação em mundiais: décimo sexto lugar, em 1990. Bryan Ruiz é o grande nome da equipe costarriquenha, que conta também com o jovem atacante Joel Campbell.
                Time: Navas; Gamboa, Acosta, Gonzales, Umaña e Jr Días; Borges, Tejeda, Bryan Ruiz e Bolaños; Campbell. Técnico: Jorge Luis Pinto.

Inglaterra: Envelhecida, mas confiante
                O The English não é o mesmo de Copas passadas, chega numa entre-safra fraca. O selecionado é super dependente de veteranos, que não rendem todo o futebol que já possuíram. Roy Hodgson é o treinador, mas todo time inglês e, consequentemente, a seleção vai sempre jogar no mesmo formato: duas linhas de quatro jogadores e uma dupla de atacantes.
Hart tem grande potencial, mas é irregular e qualquer erro é fatal para um goleiro. Gerrard e Lampard são os veteranos bons de bola, mas pelo peso da idade eles formarem a dupla de volantes se torna praticamente impossível. Rooney é o grande destaque, embora parece ser aquele cara mais enganador do que o que brilhou ao lado de Cristiano Ronaldo. Daniel Sturridge é um dos poucos jovens do time, além de ser um extraordinário atacante. Outro jovem é o qualificado lateral-esquerdo Baines.
                Time: Hart; Johnson, Cahill, Jagielka e Baines; Henderson, Gerrard, Sterling e Welbeck; Rooney e Sturridge. Técnico: Roy Hodgson.

Itália: Busca o penta em um estilo diferente do tradicional
                Camisa, experiência e a história contam em Copa do Mundo. Nesses fatores a Squadra Azzura se alia para buscar o pentacampeonato, e desta forma empatar com o Brasil entre os maiores vencedores da competição. Campeã em 2006 e de horrível campanha no mundial passado, é comandada por Cesare Prandelli – que mudou as características de time marcador para ofensivo, surpreendendo com um segundo lugar na última Eurocopa.
                O goleiro é o mesmo titular das últimas três copas, e reserva em 1998, o experiente Buffon. Os laterais são marcadores e os zagueiros companheiros de Juventus, assim como os meias Pirlo e Marchisio. O polivalente De Rossi completa o setor intermediário. Sem Marquisio, Cassano entra no time entre o meio e o ataque, que tem os matadores Balotelli e Immobile.
                Time: Buffon; Abate, Barzagli, Bonucci e Chiellini; De Rossi, Pirlo e Marchisio; Cassano; Balotelli e Immobile. Técnico: Cesare Prandelli.

Uruguai: Quer repetir a façanha ou superar a última campanha
                Depois de alguns anos apagada, a Celeste voltou surpreendentemente em 2010 – conquistando um festejado quarto lugar, eis a campanha à ser superada. A façanha seria um novo Maracanazo, apelido dado ao seu triunfo sobre o Brasil na final da Copa de 1950 em pleno Maracanã. O selecionado não é encantador, mas tem qualidade, se passar do chaveamento da morte pode criar moral e executar grande mundial.
                Apesar de baixo, o goleiro Muslera é confiável. A zaga boa e os laterais a auxiliam, bem como um trinca de volantes à sua frente também concede certa fortaleza defensiva. Lugano, Godín e Cristian Rodriguez são os destaques entre as funções citadas. Camisa 10 e craque da última Copa, o meia-atacante Diego Forlán não é mais o mesmo, porém seu chute potente aliado a uma bola leve e variante tira o sono de qualquer goleiro. A dupla ofensiva é espetacular: Luis Suárez e Edinson Cavani, dois craques que estão entre os melhores atacantes do mundo. O primeiro, no entanto, só deverá entrar em ação numa eventual oitavas-de-final, sendo que se recupera de lesão.
                Time: Muslera; M. Pereira, Lugano, Godín e Cáceres; Arevalo Rios, Gargano e C. Rodríguez; Forlán, Cavani e Suárez. Técnico: Óscar Tabárez.

Time ideal do Grupo D:
Time reserva: Hart; Abate, Lugano, Cahill e Chiellini;
De Rossi e Cristian Rodriguez; Forlán e Rooney; Immobile e Sturridge.
Técnico: Cesare Prandelli.

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