sexta-feira, 6 de junho de 2014

Copa/Grupo B: Espanha, Holanda Chile e Austrália

                O Grupo B promete ser um dos mais equilibrados da competição, sendo que quem avançar levará altos riscos aos classificados do Grupo A nas oitavas-de-final – seja lá quem for. Finalistas no Mundial da África do Sul, Espanha e Holanda são favoritos em seguir diante e, também, pelo título – principalmente a Fúria, atual campeã. No entanto irão encarar uma qualificada Seleção Chilena e uma frágil Austrália.

Austrália: O provável saco de pancadas do chaveamento
                Disputará sua quarta Copa do Mundo, a terceira consecutiva – a primeira foi em 1974, quando terminou em 14º, sua melhor posição na história. Aparece em 59º no Ranking da Fifa e dificilmente brigará por vaga para a próxima fase. Seu selecionado não é dos piores, mas é muito mais frágil que os seus qualificados adversários.
                Comandada por Ange Postecoglou, a Austrália tem por características a estrutura física de seus jogadores e boa marcação. Para chegar ao gol adversário aposta na bola aérea, principalmente através de seu maior artilheiro Tim Cahill. Uma equipe com jogadores nem tão conhecidos, onde outra referência é o baixinho bom de bola Tommy Oar, que atua na liga holandesa.
                Time: Ryan; Franjic, Wilkinson, Mc Gowan e McKay; Milligan, Jedinak, Oar e Troisi; Cahill e Leckie. Técnico: Ange Postecoglou.

Chile: Que fazer o que o Uruguai fez na África do Sul
                Terceiro colocado na Copa de 1962, sofreu com uma safra de pouca qualidade nas copas seguintes e apenas neste século vem se reerguendo, se encorpando e exportando jogadores ao futebol europeu. É um dos grandes candidatos a surpresa, porém caiu num grupo cascudo. Mesmo assim busca uma boa campanha, melhor até mesmo de que em 2010 – quando caiu nas oitavas-de-final, pois deu o azar de se cruzar com a Seleção Brasileira. A participação surpreendente do Uruguai no último mundial serve como exemplo e inspiração aos chilenos. A expectativa é grande.
                O seu sistema defensivo preocupa, goleiro baixo e zagueiros de pouca competência. Sendo assim, o técnico Jorge Sampaoli coloca três jogadores cravados na defesa e que não sobem ao ataque nem por decreto presidencial, no entanto o restante da equipe é totalmente ofensivo. Os alas apóiam qualificadamente e possuem bom cruzamento. Os meias e os atacantes são experientes, de bom toque bola e velozes. Ainda, chutar bem parece ser obrigação para estar defendendo o Chile. Arturo Vidal é o grande craque da seleção, sendo ele um dos melhores meias da atualidade no futebol mundial. Charles Aránguiz, Valdivia, Eduardo Vargas e Sánchez são outros grandes nomes da “La Roja”.
                Time: Bravo; Medel, Jara (Rojas) e Albornoz; Isla, Aránguiz, Vidal, Valdivia e Mena; Vargas e Sánchez. Técnico: Jorge Sampaoli.

Espanha: Defende o título com a base campeã em 2010
                O histórico recente é negativo aos selecionados que defendem o título. Campeã em 1990, a Argentina fracassou em 1994. Neste ano deu Brasil, assim como em 2002, sendo que em 1998 e 2006 o time canarinho fracassou diante ta França, ambas às vezes. Vencedores em 1998 e 2006, França e Itália foram eliminados ainda na primeira fase em 2002 e 2010. A Espanha busca quebrar esse jejum, caindo num chaveamento forte. Provavelmente se classificará, mas a tendência é que a missão não será fácil. É uma das favoritas ao título.
                A Fúria está com o mesmo técnico ah quase oitos anos, a base é a mesma e possui alguns jogadores “desconhecidos” e vivendo a melhor fase da carreira. Seu estilo é de retenção de bola, troca de passes e domínio do adversário. Quanto mais tempo estiver com a bola, menos riscos de tomar o gol. Casillas segue sendo um dos melhores arqueiros do mundo, a defesa conta com o fantástico Sérgio Ramos, na companhia eficiente de Pique. Os laterais eram os pontos fracos do time campeão em 2010, no entanto Juanfran e Jordi Alba corrigiram o setor. O meio é extraordinário, liderado por Xabi Alonso, Xavi e Iniesta. O ataque possui o brasileiro naturalizado espanhol Diego Costa. É uma seleção super qualificada, com o melhor banco de reservas da competição.
                Time: Casillas; Juanfran, Pique, Sérgio Ramos e Alba; Busquets, Xabi Alonso, Xavi e Iniesta; Pedro (Villa/Fabregas) e Diego Costa. Técnico: Vicent Del Bosque.

Holanda: Atual vice-campeã sonha com o título inédito
                Carrasco brasileiro na última Copa, o selecionado holandês amargou o vice-campeonato. Busca seu primeiro título, no entanto sua atual geração está abaixo das melhores versões ao longo da história. Mesmo assim é uma baita equipe, comandada pelo multicampeão Louis van Gaal – novo técnico do Manchester United, após o término do mundial.
                O goleiro nem sombra faz ao aposentado Van der Sar, os zagueiros não representam a mesma segurança que os demais e os laterais também não apóiam tão bem quantos os antecessores. Três zagueiros e dois laterais, que mais defendem do que apóiam, dão liberdade ao potente poderio ofensivo da Laranja Mecânica. Sneijder é um dos craques do time, embora não esteja em seu auge. Van Persie é uma referência na grande área rival, assim como seu reserva Huntelaar. Kuyt é outra opção diferenciada. O grande jogador do selecionado é Robben, o cara que joga pela ponta direita e tem a única e manjada jogada de cortar pro meio e chutar indefensávelmente com a perna esquerda. De tão eficiente, a jogada raramente é marcada apesar de o defensor saber o que será feito. Jeremain Lens é outro destaque.
                Time: Cillessen; Janmaat, De Vrij, Veltman, Indi e Kongolo; De Jong, Sneijder, Robben e Lens; Van Persie. Técnico: Van Gaal.

Time ideal do Grupo B:
Time reserva: De Gea [reserva da Espanha]; Isla, Wilkinson, Veltman e Kongolo (Mena); De Jong, Aránguiz e Xavi; Sánchez (Pedro), Lens e Van Persie (Diego Costa).
Técnico: Vicent Del Bosque/Louis van Gaal

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