O Grupo
B promete ser um dos mais equilibrados da competição, sendo que quem avançar
levará altos riscos aos classificados do Grupo A nas oitavas-de-final – seja lá
quem for. Finalistas no Mundial da África do Sul, Espanha e Holanda são
favoritos em seguir diante e, também, pelo título – principalmente a Fúria,
atual campeã. No entanto irão encarar uma qualificada Seleção Chilena e uma
frágil Austrália.
Austrália: O provável
saco de pancadas do chaveamento
Disputará
sua quarta Copa do Mundo, a terceira consecutiva – a primeira foi em 1974,
quando terminou em 14º, sua melhor posição na história. Aparece em 59º no
Ranking da Fifa e dificilmente brigará por vaga para a próxima fase. Seu
selecionado não é dos piores, mas é muito mais frágil que os seus qualificados
adversários.
Comandada
por Ange Postecoglou, a Austrália tem por características a estrutura física de
seus jogadores e boa marcação. Para chegar ao gol adversário aposta na bola
aérea, principalmente através de seu maior artilheiro Tim Cahill. Uma equipe
com jogadores nem tão conhecidos, onde outra referência é o baixinho bom de
bola Tommy Oar, que atua na liga holandesa.
Time: Ryan;
Franjic, Wilkinson, Mc Gowan e McKay; Milligan, Jedinak, Oar e Troisi; Cahill e
Leckie. Técnico: Ange Postecoglou.
Chile: Que fazer o
que o Uruguai fez na África do Sul
Terceiro
colocado na Copa de 1962, sofreu com uma safra de pouca qualidade nas copas
seguintes e apenas neste século vem se reerguendo, se encorpando e exportando
jogadores ao futebol europeu. É um dos grandes candidatos a surpresa, porém
caiu num grupo cascudo. Mesmo assim busca uma boa campanha, melhor até mesmo de
que em 2010 – quando caiu nas oitavas-de-final, pois deu o azar de se cruzar
com a Seleção Brasileira. A participação surpreendente do Uruguai no último
mundial serve como exemplo e inspiração aos chilenos. A expectativa é grande.
O seu
sistema defensivo preocupa, goleiro baixo e zagueiros de pouca competência.
Sendo assim, o técnico Jorge Sampaoli coloca três jogadores cravados na defesa
e que não sobem ao ataque nem por decreto presidencial, no entanto o restante
da equipe é totalmente ofensivo. Os alas apóiam qualificadamente e possuem bom
cruzamento. Os meias e os atacantes são experientes, de bom toque bola e
velozes. Ainda, chutar bem parece ser obrigação para estar defendendo o Chile.
Arturo Vidal é o grande craque da seleção, sendo ele um dos melhores meias da
atualidade no futebol mundial. Charles Aránguiz, Valdivia, Eduardo Vargas e
Sánchez são outros grandes nomes da “La Roja”.
Time: Bravo; Medel, Jara (Rojas) e Albornoz;
Isla, Aránguiz, Vidal, Valdivia e Mena; Vargas e Sánchez. Técnico: Jorge Sampaoli.
O
histórico recente é negativo aos selecionados que defendem o título. Campeã em
1990, a Argentina fracassou em 1994. Neste ano deu Brasil, assim como em 2002,
sendo que em 1998 e 2006 o time canarinho fracassou diante ta França, ambas às
vezes. Vencedores em 1998 e 2006, França e Itália foram eliminados ainda na
primeira fase em 2002 e 2010. A Espanha busca quebrar esse jejum, caindo num
chaveamento forte. Provavelmente se classificará, mas a tendência é que a
missão não será fácil. É uma das favoritas ao título.
A Fúria
está com o mesmo técnico ah quase oitos anos, a base é a mesma e possui alguns
jogadores “desconhecidos” e vivendo a melhor fase da carreira. Seu estilo é de
retenção de bola, troca de passes e domínio do adversário. Quanto mais tempo
estiver com a bola, menos riscos de tomar o gol. Casillas segue sendo um dos
melhores arqueiros do mundo, a defesa conta com o fantástico Sérgio Ramos, na
companhia eficiente de Pique. Os laterais eram os pontos fracos do time campeão
em 2010, no entanto Juanfran e Jordi Alba corrigiram o setor. O meio é
extraordinário, liderado por Xabi Alonso, Xavi e Iniesta. O ataque possui o
brasileiro naturalizado espanhol Diego Costa. É uma seleção super qualificada,
com o melhor banco de reservas da competição.
Time: Casillas; Juanfran, Pique, Sérgio
Ramos e Alba; Busquets, Xabi Alonso, Xavi e Iniesta; Pedro (Villa/Fabregas) e
Diego Costa. Técnico: Vicent Del Bosque.
Carrasco
brasileiro na última Copa, o selecionado holandês amargou o vice-campeonato.
Busca seu primeiro título, no entanto sua atual geração está abaixo das
melhores versões ao longo da história. Mesmo assim é uma baita equipe,
comandada pelo multicampeão Louis van Gaal – novo técnico do Manchester United,
após o término do mundial.
O
goleiro nem sombra faz ao aposentado Van der Sar, os zagueiros não representam a
mesma segurança que os demais e os laterais também não apóiam tão bem quantos
os antecessores. Três zagueiros e dois laterais, que mais defendem do que apóiam,
dão liberdade ao potente poderio ofensivo da Laranja Mecânica. Sneijder é um dos
craques do time, embora não esteja em seu auge. Van Persie é uma referência na
grande área rival, assim como seu reserva Huntelaar. Kuyt é outra opção
diferenciada. O grande jogador do selecionado é Robben, o cara que joga pela
ponta direita e tem a única e manjada jogada de cortar pro meio e chutar indefensávelmente
com a perna esquerda. De tão eficiente, a jogada raramente é marcada apesar de
o defensor saber o que será feito. Jeremain Lens é outro destaque.
Time: Cillessen; Janmaat, De Vrij,
Veltman, Indi e Kongolo; De Jong, Sneijder, Robben e Lens; Van Persie. Técnico: Van Gaal.
Time reserva: De Gea [reserva da
Espanha]; Isla, Wilkinson, Veltman e Kongolo (Mena); De Jong, Aránguiz e Xavi;
Sánchez (Pedro), Lens e Van Persie (Diego Costa).
Técnico: Vicent Del Bosque/Louis
van Gaal
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