quarta-feira, 2 de abril de 2014

Aberta as quartas-de-final da Liga dos Campeões 2013/2014

                Dois empates em 1 a 1 abriram a primeira mão das quartas-de-final da Uefa Champions League 2013/2014 – a UCL, principal competição de clubes do velho continente e também conhecida como Liga dos Campeões da Europa. Nesta terça-feira, as igualdades ocorreram entre Manchester United e Bayern de Munique, na Inglaterra, e Barcelona e Atlético de Madrid, em solo catalão.
                Desta forma, Bayern e Atlético jogam pelo empate sem gols em seus domínios, enquanto um novo 1 a 1 leva a partida à prorrogação e qualquer outro empate passa a favorecer United e Barcelona, respectivamente. A definição de ambos os confrontos ocorre no dia 9 de abril, às 15h45 (de Brasília).
                Antes, porém, acontecem os outros dois jogos de ida deste estágio do certame. Nesta quarta-feira, 2 de abril, às 15h45 (de Brasília), o Real Madrid recebe o Borussia Dortmund, no Santiago Bernabeu, na Espanha, enquanto Chelsea vai a França visitar o Paris Saint-Germain (PSG), no Parque dos Príncipes.

Barcelona 1 x 1 Atlético de Madrid
                Intensa e indefinida. Assim começou, se enrolou e terminou a partida ocorrida no Camp Nou. Num embate de muita marcação, dois brasileiros ex-Santos se destacaram. Diego Costa saiu lesionado, entrou o xará de primeiro nome e deixou o Atlético de Madrid mais criativo no meio-campo, deu maior posse de bola e abriu o placar num golaço, após tirambaço de longa distância. Se já estava difícil para o Barça superar a retaguarda bem montada por Simeone, imagina em desvantagem no placar.
                Messi estava apagado, Neymar perdido jogando pelo ataque direito e Iniesta incapaz de mostrar todo seu futebol sem a companhia afetiva da dupla ofensiva. Precisando, no mínimo empatar, Tata Martino sacou Fabregas, colocou Sanchez e movimentou Neymar até seu habitat natural: a ponta direita, ao lado de Iniesta. Deu certo. Três minutos depois da troca, o meia deu lançamento impecável ao craque brasileiro e deixou-o na cara do gol, frente a Courtois, o camisa 11 não titubeou e com um toque de categoria deixou tudo igual. O time catalão pressionou, tentou a virada, mas parou na retaguarda e em belas defesas do jovem arqueiro belga.
                O embate de volta ficou indefinido. O Barcelona raramente encerrar uma partida sem balançar as redes adversárias, enquanto o Atlético de Madrid não costuma sofrer gols. Não é um clássico tão escandaloso quanto contra o Real Madrid, mas ambos possuem uma rivalidade recente no futebol e antiga na política – castelhanos x catalães. Na semana que vem, tudo pode acontecer no Vicent Calderón. Quem passar terá seus méritos, chega forte pra semifinal. Quem ficar, vai cair de pé. Não aponto favorito, mas a camisa baugrana pode falar mais alto, assim como a pressão caseira pode azedar a vida catalã. Vamos aguardar.

Manchester United 1 x 1 Bayern de Munique
                Tudo estava dando errado, mas depois da acachapante vitória sobre o Galatasaray pela fase anterior da UCL os ventos passaram a soprar a favor do Manchester United. O sorteio colocou pela frente o Bayern, no entanto a tradição dos Diabos Vermelhos voltou a ecoar no Old Trafford e os bávaros não tiveram vida fácil. O árbitro deu uma força para os visitantes, pois ninguém mais conseguiu enxergar um “jogo perigoso” de Walback em lance que acabou em gol anulado, diga-se de passagem: muito mal anulado. Pelo volume de jogo superior por parte dos atuais campeões, o primeiro tempo encerrou com uma justa igualdade.
                Ah, sem Juan Mata e Van Persie, David Moyes montou um United cauteloso e traiçoeiro, capaz de surpreender e largar em vantagem. Utilizando uma das principais armas que possui, a representação local balançou as redes adversárias através de Vidic, de cabeça. Estrategista, Guardiola possuía suas peças para uma reação. Usou-as e buscou o empate. Schweinsteiger não demorou em deixar tudo igual, mas também desigualou a vantagem numérica de jogadores em campo. O maestro alemão deu um carrinho em Rooney, recebeu cartão vermelho e foi para o chuveiro mais cedo. De resto, é resto: 1 a 1.
                Sem Schweinsteiger as coisas podem complicar para os bávaros. Podem, mas não acredito que complique. O Bayern possui um elenco escandalosamente qualificado, com jogadores que exercem em alto nível diferentes funções e com uma imensa capacidade de decisão. Segurar o melhor time do mundo não é missão fácil, muito menos quando ela é na Allianz Arena. O Manchester United possui atletas de um escalão grandioso e tem camisa, isso faz a diferença. O problema é que o Bayern também tem. Todos os confrontos das quartas-de-final envolvem equipes poderosas e podem ser considerados indefinidos, no entanto no embate de mais expressão (em nome e história) creio que está a missão mais fácil: a do Bayern avança. Corro risco de queimar-me a língua, que queime, pois a maioria das línguas queimarão junto com a minha. 

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