Dois
empates em 1 a 1 abriram a primeira mão das quartas-de-final da Uefa
Champions League 2013/2014 – a UCL, principal competição de clubes do velho
continente e também conhecida como Liga dos Campeões da Europa. Nesta terça-feira,
as igualdades ocorreram entre Manchester United e Bayern de Munique, na
Inglaterra, e Barcelona e Atlético de Madrid, em solo catalão.
Desta
forma, Bayern e Atlético jogam pelo empate sem gols em seus domínios, enquanto
um novo 1 a 1 leva a partida à prorrogação e qualquer outro empate passa a favorecer
United e Barcelona, respectivamente. A definição de ambos os confrontos ocorre
no dia 9 de abril, às 15h45 (de Brasília).
Antes, porém,
acontecem os outros dois jogos de ida deste estágio do certame. Nesta
quarta-feira, 2 de abril, às 15h45 (de Brasília), o Real Madrid recebe o
Borussia Dortmund, no Santiago Bernabeu, na Espanha, enquanto Chelsea vai a
França visitar o Paris Saint-Germain (PSG), no Parque dos Príncipes.
Barcelona 1 x 1
Atlético de Madrid
Intensa
e indefinida. Assim começou, se enrolou e terminou a partida ocorrida no Camp
Nou. Num embate de muita marcação, dois brasileiros ex-Santos se destacaram.
Diego Costa saiu lesionado, entrou o xará de primeiro nome e deixou o Atlético
de Madrid mais criativo no meio-campo, deu maior posse de bola e abriu o placar
num golaço, após tirambaço de longa distância. Se já estava difícil para o
Barça superar a retaguarda bem montada por Simeone, imagina em desvantagem no
placar.
Messi
estava apagado, Neymar perdido jogando pelo ataque direito e Iniesta incapaz de
mostrar todo seu futebol sem a companhia afetiva da dupla ofensiva. Precisando,
no mínimo empatar, Tata Martino sacou Fabregas, colocou Sanchez e movimentou
Neymar até seu habitat natural: a ponta direita, ao lado de Iniesta. Deu certo.
Três minutos depois da troca, o meia deu lançamento impecável ao craque
brasileiro e deixou-o na cara do gol, frente a Courtois, o camisa 11 não titubeou
e com um toque de categoria deixou tudo igual. O time catalão pressionou,
tentou a virada, mas parou na retaguarda e em belas defesas do jovem arqueiro
belga.
O
embate de volta ficou indefinido. O Barcelona raramente encerrar uma partida
sem balançar as redes adversárias, enquanto o Atlético de Madrid não costuma
sofrer gols. Não é um clássico tão escandaloso quanto contra o Real Madrid, mas
ambos possuem uma rivalidade recente no futebol e antiga na política –
castelhanos x catalães. Na semana que vem, tudo pode acontecer no Vicent
Calderón. Quem passar terá seus méritos, chega forte pra semifinal. Quem ficar,
vai cair de pé. Não aponto favorito, mas a camisa baugrana pode falar mais
alto, assim como a pressão caseira pode azedar a vida catalã. Vamos aguardar.
Manchester United 1 x
1 Bayern de Munique
Tudo
estava dando errado, mas depois da acachapante vitória sobre o Galatasaray pela
fase anterior da UCL os ventos passaram a soprar a favor do Manchester United.
O sorteio colocou pela frente o Bayern, no entanto a tradição dos Diabos
Vermelhos voltou a ecoar no Old Trafford e os bávaros não tiveram vida fácil. O
árbitro deu uma força para os visitantes, pois ninguém mais conseguiu enxergar
um “jogo perigoso” de Walback em lance que acabou em gol anulado, diga-se de
passagem: muito mal anulado. Pelo volume de jogo superior por parte dos atuais
campeões, o primeiro tempo encerrou com uma justa igualdade.
Ah, sem
Juan Mata e Van Persie, David Moyes montou um United cauteloso e traiçoeiro,
capaz de surpreender e largar em vantagem. Utilizando uma das principais armas
que possui, a representação local balançou as redes adversárias através de
Vidic, de cabeça. Estrategista, Guardiola possuía suas peças para uma reação.
Usou-as e buscou o empate. Schweinsteiger não demorou em deixar tudo igual, mas
também desigualou a vantagem numérica de jogadores em campo. O maestro alemão
deu um carrinho em Rooney, recebeu cartão vermelho e foi para o chuveiro mais
cedo. De resto, é resto: 1 a 1.
Sem Schweinsteiger
as coisas podem complicar para os bávaros. Podem, mas não acredito que
complique. O Bayern possui um elenco escandalosamente qualificado, com
jogadores que exercem em alto nível diferentes funções e com uma imensa
capacidade de decisão. Segurar o melhor time do mundo não é missão fácil, muito
menos quando ela é na Allianz Arena. O Manchester United possui atletas de um
escalão grandioso e tem camisa, isso faz a diferença. O problema é que o Bayern
também tem. Todos os confrontos das quartas-de-final envolvem equipes poderosas
e podem ser considerados indefinidos, no entanto no embate de mais expressão
(em nome e história) creio que está a missão mais fácil: a do Bayern avança.
Corro risco de queimar-me a língua, que queime, pois a maioria das línguas
queimarão junto com a minha.
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