A camisa alvinegra não era a do clube que o consagrou.
Ao contrário do famoso e mitológico número 7 do Botafogo, o número 999 era o
que estampava as costas de Túlio Maravilha. Porém, ele representava mais do que
o registro do atacante na súmula do confronto entre Araxá Esporte e Mamoré: fazia referência à maior motivação do artilheiro em continuar jogando com 44
anos: o milésimo gol, segundo as contas do jogador. Depois de uma verdadeira
saga por vários times do Brasil e do mundo, ele veio. Demorado. Suado.
Questionado. Comemorado. E muito. Pois o dia 8 de fevereiro era o mais esperado
na carreira do artilheiro.
Assim como Pelé e Romário, o milésimo gol - segundo as
contas do artilheiro - saiu de bola parada. Aos 27 minutos do primeiro tempo, o
árbitro da partida no Fausto Alvim, casa do Araxá Esporte, marcou um toque de
mão da defesa do Mamoré. Túlio Maravilha pegou a bola e ajeitou para bater. O
goleiro Fabrício do time de Patos de Minas ainda tentou desestabilizar o camisa
999. Tranquilo, bateu no canto esquerdo e fez. Tirou a farda e mostrou o número
1000 na camisa. Dedicou o gol à esposa, aos filhos e para ele, claro, foi
diferente de Pelé e Romário.
- Eles marcaram do lado esquerdo
e eu do lado direito - afirmou, para em seguida completar:
- A saga do milésimo
termina aqui. Missão cumprida no futebol. O milésimo gol saiu em grande estilo,
dedico especialmente a minha esposa Christiane Maravilha,quem esteve ao meu
lado nos momentos mais difíceis em minha trajetória Agora o que vier é
presente de Deus. E a todos que acreditaram em seus sonhos - disse.
Fonte: GloboEsporte.com
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